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A relação entre pobreza e saúde mental é um tema cada vez mais relevante e necessário nos debates contemporâneos sobre as desigualdades sociais. A afirmação de que a pobreza afeta significativamente a saúde mental das pessoas não é apenas uma constatação empírica, mas um fenômeno complexo que envolve uma série de fatores interligados.
Não se pode negar o fato de que a pobreza pode exercer um impacto profundo e duradouro na saúde mental das pessoas. Questões como a insegurança financeira, a falta de acesso a recursos básicos, como alimentação adequada e moradia, a falta de emprego formal, a ausência de conforto mínimo e a instabilidade social acabam gerando um estresse crônico que pode levar ao desenvolvimento de sofrimento mental, por exemplo.

Além disso, a estigmatização associada à pobreza e a falta de oportunidades podem minar a autoestima, a autoeficácia e o sentido de pertencimento, contribuindo para o isolamento social e a exclusão.
A pobreza, portanto, não apenas agrava problemas de saúde mental preexistentes, mas também aumenta o risco de desenvolver novos transtornos, criando um ciclo vicioso que perpetua a vulnerabilidade social. Ansiedade e depressão são exemplos possíveis e claros disso.
A terapia, embora seja uma ferramenta fundamental no tratamento de sofrimento, bem como de transtornos mentais, não é suficiente para solucionar os problemas causados pela pobreza.

A terapia pode auxiliar as pessoas a desenvolver habilidades de enfrentamento e a lidar com as emoções negativas, mas não pode eliminar as causas sociais e estruturais do quadro de saúde mental.
Isso evidencia que, muitos aspectos que compõem a vida de um indivíduo são pontos que não estão sob a possibilidade de intervenção de um profissional de psicologia. É necessário um conjunto de políticas públicas que visem à redução das desigualdades sociais, à promoção da justiça social e ao acesso universal a serviços de saúde mental.
Um dos estudos mais conhecidos nessa área é a Pesquisa de Whitehall II, realizada no Reino Unido. Essa pesquisa acompanhou por décadas um grande grupo de funcionários públicos britânicos, desde altos funcionários até funcionários de nível operacional.
Os resultados mostraram que os funcionários de menor nível hierárquico, que geralmente possuíam menor renda e menor controle sobre suas vidas, apresentavam taxas significativamente mais altas de doenças cardiovasculares e de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, quando comparados aos funcionários de níveis hierárquicos mais elevados.
Outro exemplo marcante é a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que revela uma maior prevalência de transtornos mentais como depressão e ansiedade em indivíduos com menor renda. A PNS também evidencia as desigualdades regionais, com maior prevalência de problemas de saúde mental em regiões mais pobres do país.
A evidência científica é clara: a pobreza é um fator de risco significativo para a saúde mental. A compreensão dessa relação é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas e intervenções que promovam a equidade social e a saúde mental de todos.

Felipe Eduardo Ramos de Carvalho
Psicólogo
Pós-graduado em Saúde Mental
Professor e Coordenador do Curso de Psicologia na unidade de Caratinga
A relação entre pobreza e saúde mental é um tema cada vez mais relevante e necessário nos debates contemporâneos sobre as desigualdades sociais. A afirmação de que a pobreza afeta significativamente a saúde mental das pessoas não é apenas uma constatação empírica, mas um fenômeno complexo que envolve uma série de fatores interligados.
Não se pode negar o fato de que a pobreza pode exercer um impacto profundo e duradouro na saúde mental das pessoas. Questões como a insegurança financeira, a falta de acesso a recursos básicos, como alimentação adequada e moradia, a falta de emprego formal, a ausência de conforto mínimo e a instabilidade social acabam gerando um estresse crônico que pode levar ao desenvolvimento de sofrimento mental, por exemplo.

Além disso, a estigmatização associada à pobreza e a falta de oportunidades podem minar a autoestima, a autoeficácia e o sentido de pertencimento, contribuindo para o isolamento social e a exclusão.
A pobreza, portanto, não apenas agrava problemas de saúde mental preexistentes, mas também aumenta o risco de desenvolver novos transtornos, criando um ciclo vicioso que perpetua a vulnerabilidade social. Ansiedade e depressão são exemplos possíveis e claros disso.
A terapia, embora seja uma ferramenta fundamental no tratamento de sofrimento, bem como de transtornos mentais, não é suficiente para solucionar os problemas causados pela pobreza.

A terapia pode auxiliar as pessoas a desenvolver habilidades de enfrentamento e a lidar com as emoções negativas, mas não pode eliminar as causas sociais e estruturais do quadro de saúde mental.
Isso evidencia que, muitos aspectos que compõem a vida de um indivíduo são pontos que não estão sob a possibilidade de intervenção de um profissional de psicologia. É necessário um conjunto de políticas públicas que visem à redução das desigualdades sociais, à promoção da justiça social e ao acesso universal a serviços de saúde mental.
Um dos estudos mais conhecidos nessa área é a Pesquisa de Whitehall II, realizada no Reino Unido. Essa pesquisa acompanhou por décadas um grande grupo de funcionários públicos britânicos, desde altos funcionários até funcionários de nível operacional.
Os resultados mostraram que os funcionários de menor nível hierárquico, que geralmente possuíam menor renda e menor controle sobre suas vidas, apresentavam taxas significativamente mais altas de doenças cardiovasculares e de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, quando comparados aos funcionários de níveis hierárquicos mais elevados.
Outro exemplo marcante é a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que revela uma maior prevalência de transtornos mentais como depressão e ansiedade em indivíduos com menor renda. A PNS também evidencia as desigualdades regionais, com maior prevalência de problemas de saúde mental em regiões mais pobres do país.
A evidência científica é clara: a pobreza é um fator de risco significativo para a saúde mental. A compreensão dessa relação é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas e intervenções que promovam a equidade social e a saúde mental de todos.

Felipe Eduardo Ramos de Carvalho
Psicólogo
Pós-graduado em Saúde Mental
Professor e Coordenador do Curso de Psicologia na unidade de Caratinga
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